SERVIÇOS > MATERNIDADE
Nossa maternidade está equipada com 09 quartos, berçário, sala de admissão e pré-parto totalizando 22 leitos com horários de visitas diariamente:
- das 10:30 às 11:00h (SUS) (1 visita por vez)
- das 15:00 às 16:00h (SUS) (1 visita por vez)
- das 11:00 às 20:00h (Outros convênios) (1 visita por vez)
- das 08:00 às 20:00h (Particulares).
SAIBA MAIS...
■ Bebê em Foco, nosso novo canal que a cada semana trará temas diferentes, mas sempre relacionado aos bebês, às mães e a família de modo geral. Conheça!
■ Declaração de Nascido vivo (DNV) *com registro em nosso hospital
■ Microcefalia: Conceitos e vacinas
CONTATO
Atendimento: 24 horas
Endereço: R. Martins Alfenas, 1616 (acesso pela recepção principal)
Telefones: (35)3299-6464 ramais 239 ou 250 e 3299-6454
Parto Normal ou Cesariana?
Quanto mais os pesquisadores evoluem nas pesquisas e os conhecimentos em Medicina avançam, chegamos à conclusão de que o processo natural é o mais indicado, e de que a natureza é perfeita. No momento mágico do nascimento de um nenê procuramos agir desta forma. No período pré-natal, os obstetras, que são os especialistas capacitados para atender as gestantes, antes, durante e após o parto, empenham-se para que esta criança venha ao mundo da maneira mais natural possível, escolhendo o parto normal como procedimento.
Já nas consultas anteriores e durante o parto, os obstetras monitoram o crescimento, o desenvolvimento deste nenê e, se tudo estiver bem, conduzem ao parto normal. Entretanto, se notarem alguma alteração devido ao tamanho, o peso, a posição e o bem estar deste feto, pode ocorrer mudança, para segurança de ambos, na via do parto, optando por uma cesariana. Nas duas vias de parto, o importante é ter em mente o melhor para a mãe e para o bebê.
Com o conhecimento de que, ao nascer, o nenê tem que respirar no primeiro minuto de vida, torna-se indispensável a presença do pediatra no atendimento deste recém-nascido em sala de parto.
Ao nascer, se tudo corre bem, o nenê deve permanecer sobre a mãe em contato pele a pele, para que ele possa desenvolver o apego, conquistar, estimular a amamentação, e realizar a identificação da mãe.
A importância do momento do parto
O momento do nascimento é mágico. É o momento no qual deixamos de ser filhos, para nos tornarmos pais. Este momento pode definir todo o futuro deste novo ser que está nascendo. Por toda esta responsabilidade, o parto deve ser realizado em ambiente seguro, equipado e acompanhado por médicos capacitados no atendimento da gestante – o obstetra, e por médicos capacitados no atendimento do recém-nascido – o pediatra.
Amamentação
Acessórios que auxiliam no aleitamento materno
A imensa maioria das mulheres pode amamentar seu filho sem a necessidade de dispositivos especiais. Existem muitos produtos no mercado, mas devemos evitar o uso abusivo e desnecessário. Vamos conhecer aqui estes acessórios e em que circunstâncias eles são realmente indicados.
Conchas
As conchas são dispositivos plásticos em forma de disco, com um orifício redondo no centro, que são colocados sobre os mamilos abaixo do sutiã, ajudando o mamilo a projetar-se para frente (protrusão do mamilo). Não é indicado para mulheres que não tenham problemas no mamilo. Seu uso pré-natal também não traz vantagens para a gestante.
Se a futura mamãe quiser usar as conchas com o objetivo de everter mamilos planos ou invertidos, deve iniciar com uma hora por dia e aumentar gradativamente uma ou duas horas por dia. No pós-parto, podem ser utilizadas por 30 minutos antes da mamada; ou durante todo o dia, entre as mamadas. Mas devemos lembrar que o estímulo dos mamilos antes da mamada, seja com a sucção com bomba manual ou seringa plástica com o êmbolo invertido, trazem efeito semelhante. É preciso salientar que a pressão das conchas pode traumatizar o mamilo. Para evitar compressão exagerada da aréola ou dos ductos, a concha não deve ser utilizada durante o sono. O tamanho da concha precisa ser bem avaliado em relação ao do mamilo e ao do sutiã utilizado.
Quando ocorrer fissura no mamilo, as conchas com orifícios de ventilação podem ser úteis. Elas permitem a circulação de ar e não deixam o tecido mamário grudar na roupa. Porém, é preciso primeiramente corrigir a técnica do aleitamento. Não é recomendado o uso de conchas para coleta de leite humano, pelo alto risco de contaminação bacteriana. Entretanto, o leite gotejado da outra mama durante uma mamada ou ordenha pode ser aproveitado, desde que a concha tenha sido lavada com água quente e sabão, e bem enxaguada.
Protetores flexíveis
Chamados de “bicos de silicone”, os protetores são artefatos de silicone, finos e macios, que podem ser colocados sobre a área do mamilo e da aréola imediatamente antes da mamada, de maneira especial para facilitar a pega. Não há comprovação de que os protetores flexíveis sejam seguros para a manutenção da lactação, nem que garantam a produção de volumes adequados de leite humano para proporcionar o ganho de peso que o bebê precisa. Por isso, seu uso deve ser limitado e os pacientes acompanhados rigorosamente até que o protetor não seja mais usado. Em casos de mamilo plano, para ajudá-lo a vir para a frente, a primeira coisa a fazer é massagear ou aplicar compressas frias nos mamilos imediatamente antes das mamadas.
Em mamilos invertidos, tentar moldá-los com os dedos ou utilizar bomba de sucção, pode ajudar na sua eversão. Nesses mamilos “difíceis“, e na situação de prematuros com sucção fraca ou dificuldade em manter a pega da aréola, se apesar da estimulação dos mamilos previamente à mamada e se todas as tentativas de suporte para uma pega adequada se mostrarem infrutíferas, o produto pode ser experimentado. Lembrar que o uso é temporário, por curtos períodos, na esperança de preservar amamentação, enquanto o recém-nascido aprende a sugar.
Antes de assentar o bico de silicone na mama, é preciso umedecer a parte interna das bordas e invertê-las, assim como parte do bico do protetor. Isso vai ajudar a puxar o mamilo para dentro do artefato ao momento da colocação na mama. No caso de “confusão de bicos”, o protetor flexível pode ser utilizado junto com a técnica da relactação, se houver baixa produção de leite; e também na lactação adotiva.
Suplementador
O suplementador é um dispositivo que permite dar uma nutrição suplementar ao bebê. Ele é composto de um recipiente (copo ou seringa) para armazenar leite materno (ou a fórmula infantil à base de leite de vaca), e um tubo fino (sonda), que deve ser fixado no seio da mãe. O suplementador evita o uso de bicos artificiais.
O equipamento é utilizado para a relactação, uma técnica que provoca a produção de leite depois de uma interrupção temporária da lactação. Pode ser uma excelente opção para mães com dificuldade na amamentação. A sucção ao seio estimula as mamas a aumentar a produção láctea. Seu uso pode ser temporário, porém em alguns casos como adoção, mamoplastia redutora, insuficiência glandular verdadeira, ou por problemas genéticos e neurológicos do lactente, o suplementador poderá ser utilizado por todo o período de amamentação. Toda a mãe que usa o suplementador com seu bebê deve ter um acompanhamento constante, até a suspensão do uso do suplementador que deve ser programado e gradativo.
Lanolina
A lanolina é uma cera natural, proveniente da lã de ovelha. Por ser um ingrediente natural pode conter pesticidas e outros contaminantes, além de ser uma substância alergênica. O processamento industrial consiste no refinamento do produto, para remover todos os componentes alergênicos, e trazer para o nível mais baixo possível todas as impurezas do ambiente, incluindo resíduos de defensivos agrícolas. Assim, ela é dita anidra, quando pura, sem adição de água, e neste caso, considerada hipoalergênica.
Ela não deve ser usada como prevenção da dor e do trauma mamilar. A melhor maneira de evitar trauma mamilar é através do posicionamento e pega corretos na amamentação. Somente em casos de lesões extensas, ou que não melhoram com ajustes no processo de amamentar, a lanolina pode ser recomendada. Não devemos esquecer que em função dos seus elementos de defesa, da sua disponibilidade e custo zero, o próprio leite materno pode ser utilizado para tratamento do trauma mamilar.
Curativos de gel
Os curativos na forma de disco a base de gel, contêm glicerina, água e poliacrilamida. A utilização destes curativos aumenta a chance de infecção tanto pelo contato frequente da lesão com a mucosa oral do lactente, quanto pela flora da pele da mãe, e ainda pela presença do próprio leite materno que serve como meio de cultura. Como o efeito bactericida da glicerina não é instantâneo, e também pode haver contaminação pela mão da mãe, seu uso não deve ser recomendado.
Protetores absorventes
Os protetores para absorver o excesso de leite materno podem ser descartáveis ou reutilizáveis. Ponderando que o vazamento de leite em público incomoda muitas mães, a utilização eventual de protetores absorventes, desde que confortáveis e macios, pode ser uma solução prática. No entanto, para não deixar os mamilos sempre úmidos, os protetores revestidos com plástico impermeável devem ser trocados frequentemente. Se o protetor tiver aderido à pele, é preciso molhar antes de retirá-lo, para não ferir a pele do seio. Caso a mãe estiver com candidíase mamilar, os absorventes reutilizáveis precisam ser fervidos diariamente.
Não se deve colocar papel higiênico nem lenços de papel para absorver o excesso de leite, porque a superfície da pele ficará muito molhada. Lembre-se de que amamentar sempre que o bebê pedir e até a compressão mamária, por exemplo com os braços cruzados sobre as mamas, em geral são suficientes para inibir o vazamento indesejado.
Sutiã
O sutiã é importante no período de gestação e lactação, em função do aumento de volume dos seios. A mãe deve providenciar sutiãs de modelo e tamanho adequados para acomodar corretamente as mamas. Mas atenção, no Brasil não se recomenda o uso de sutiã com um orifício central para preparo dos mamilos, durante o pré-natal. Já no período amamentação, um bom sutiã deve permitir o acesso fácil do bebê ao peito. Precisa ser confortável, abranger toda a mama, sem que tecido mamário fique comprimido abaixo da borda. Um sutiã bem ajustado não deve subir nas costas, nem deixar marcas das alças nos ombros. Para dormir, não deve ser escolhido um sutiã com aro de metal. A abertura frontal é conveniente, e pode ser especialmente útil quando se necessita amamentar em público. Caso a mãe tenha candidíase mamária, deve trocar a roupa, inclusive a íntima, com frequência. Já no caso de mastite, recomenda-se abolir o uso de sutiã, particularmente durante o sono. A escolha deve recair sobre roupas mais largas, e quando necessário, escolher um sutiã mais frouxo.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=155&content=detalhe
Método Canguru
O que é ?
O Método Canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial.
Como é feito
O bebê prematuro é colocado em contato pele a pele com sua mãe ou com seu pai. Isto ocorre de forma gradativa. Inicialmente os pais tocam seu filho, para depois colocá-lo na posição canguru.
Este contato do recém-nascido com os seus pais inicia de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que os pais se sentirem confortáveis.
O Método Canguru também permite que os pais tenham uma maior participação nos cuidados neonatais. Ocorre em três etapas:
Primeira etapa: inicia no pré-natal na gestação de alto risco, e, após, na internação do recém-nascido prematuro na Unidade Neonatal. Os pais devem ser acolhidos na Unidade Neonatal, receber informações sobre as condições de saúde do seu filho, os cuidados dispensados, as rotinas, o funcionamento da unidade e a equipe que cuidará de seu filho. Os pais devem ter livre acesso à Unidade e serem encorajados a tocar no bebê. A participação do pai é muito importante. Ele deve ser estimulado a participar em todas as atividades desenvolvidas na unidade. Os estímulos ambientais prejudiciais da unidade neonatal, como ruídos, iluminação e odores devem ser atenuados.
Segunda etapa: nesta etapa o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e a posição canguru deve ser realizada o maior tempo possível. A mãe participa ativamente dos cuidados do prematuro, e deve estar apta para colocar o bebê na posição canguru.
Terceira etapa: é a etapa em que o bebê vai para casa e é acompanhado, juntamente com sua família, no ambulatório e/ou em casa até atingir o peso de 2.500 g.
A transferência para a terceira etapa exige alguns critérios:
– A mãe deve estar segura, motivada, orientada e os familiares conscientes dos cuidados necessários para o bebê em casa;
– A mãe e a família devem assumir o compromisso de realizar a posição canguru pelo maior tempo possível;
– O peso mínimo é de 1.600 g;
– O acompanhamento ambulatorial deve ser assegurado até o peso de 2.500 g;
– O ganho de peso deve estar adequado durante três dias antes da alta;
– O bebê deve estar em amamentação exclusiva no seio materno ou, em situações especiais, a mãe e a família devem estar habilitados a realizar a complementação;
– Após a alta, a primeira consulta deve ser realizada em até 48h, e as demais no mínimo uma vez por semana;
– O atendimento na unidade hospitalar de origem deve ser garantido até a alta da terceira etapa.
O que é a posição canguru?
A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais ou de outros familiares. A equipe de saúde deve estar adequadamente treinada para orientar de maneira segura os pais a realizar a posição canguru.
Quais os benefícios desse método ?
O Método Canguru traz inúmeros benefícios para os pais, a família, os bebês prematuros e para a equipe de saúde:
– Favorece o vínculo mãe- filho;
– Diminui o tempo de separação mãe-filho;
– Estimula o aleitamento materno;
– Favorece um melhor desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do recém-nascido de baixo peso;
– Favorece a estimulação sensorial adequada do recém-nascido;
– Reduz o estresse e a dor do recém-nascido de baixo peso;
– Proporciona um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde;
– Possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado com seu filho.
Como o Método Canguru estimula o aleitamento materno ?
Um dos pilares do método canguru é o estímulo ao aleitamento materno, incentivando a presença constante da mãe junto ao recém-nascido, e o contato precoce com seu filho. Estudos realizados em hospitais que praticam o Método Canguru demonstraram que o volume de leite diário é maior nas mães que realizam o contato pele a pele com seu bebê. É sabido, também, que as mães que fazem o contato pele a pele mantêm a amamentação de seus bebês por mais tempo.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=225&content=detalhe
Teste da Orelhinha
A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de nascer, por volta do quinto mês de gestação. Ele ouve a voz e os sons do corpo da mãe. É através da audição que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena,impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a fala.
O teste da orelhinha ou “exame de emissões otoacústicas evocadas” é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. O exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do nenê. É rápido, seguro e indolor. Este exame é feito ainda no hospital, com o nenê dormindo, a partir de 48 horas de vida, e leva de 5 a 10 minutos. No caso de suspeita de alguma anormalidade, o nenê será encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa.
O Teste da Orelhinha, chamado também de Triagem Auditiva Neonatal, é assegurado por lei e todos os bebês devem fazer, para saber se está tudo bem com a audição. Assegure-se com o seu pediatra de que seu bebê fez o teste.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=174&content=detalhe
Declaração de Nascido Vivo (Folhinha Amarela) e Certidão de Nascimento
A Declaração de Nascido Vivo (Folhinha Amarela) é fornecida pela maternidade onde o bebê nasceu e é indispensável para registrar o nascimento junto ao cartório.
Você, como pai ou mãe, tem o dever de fazer a Certidão ou Registro de Nascimento, que é um documento fornecido pelo cartório, obrigatório para a identificação da criança.
O registro pode ser feito em NOSSO HOSPITAL ou qualquer cartório, sem nenhum custo. Com este documento, o bebê passa a ser um cidadão.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=99&content=detalhe
Cólicas do lactente
A cólica do bebê é transitória e aparece geralmente na segunda semana de vida, acabando em torno do quarto mês, em uma criança saudável. A cólica pode durar até três horas por dia e normalmente acontece no final da tarde ou à noite. Além do choro, o bebê fica irritado e agitado.
Como diferenciar o choro por cólica do choro de fome
O bebê chora por diversas razões: fome, frio, sono, calor, dor, incômodos por fralda molhada ou apertada ou até porque quer aconchego e carinho. Com o tempo, a mãe vai aprendendo a identificar o motivo de choro do seu bebê. No entanto, a criança que chora por fome se acalma assim que mama. Isso não acontece quando o choro é por cólica.
Como evitar as cólicas:
Tente manter a calma e lembre-se que as cólicas acontecem em um bebê saudável e que vão passar em poucos meses. A ansiedade da mãe não ajuda a acabar com a cólica, mas algumas ações podem amenizar a dor:
- um ambiente tranquilo e uma música suave ajudam a relaxar mãe e filho;
- um banho morno também ajuda a descontrair;
- movimentos nas pernas do bebê, como “pedalar no ar” podem auxiliar a eliminar o excesso de gases;
- massagem na barriguinha do bebê, sempre no sentido horário, mobiliza os gases;
- compressas mornas na barriguinha com toalhas felpudas passadas a ferro têm efeito analgésico (teste antes o calor da toalha em sua própria face).
Porém, o mais importante é ter paciência para acalmar o bebê, aconchegando-o no colo, barriga com barriga, ou apoiado de bruços na extensão do antebraço dos pais.
Oferecer chá ao bebê não acaba com a cólica e pode prejudicar a amamentação. Remédios “contra gases” têm pouca eficácia.
Relação entre cólica e dieta materna
As causas das cólicas do primeiro trimestre não são bem conhecidas, mas parecem ter relação com uma relativa imaturidade do bebê; e vão melhorar com seu crescimento, sem deixar sequelas. A alimentação materna como possível causa da cólica ainda é controversa. A cólica pode ocorrer tanto em bebês amamentados no seio quanto naqueles amamentados com leite de vaca (fórmulas). Entretanto, existe a possibilidade de alguns alimentos (leite de vaca, soja, trigo, nozes) passarem para o leite materno e provocarem cólicas.
No entanto, esses alimentos só devem ser retirados da dieta da mamãe caso as cólicas estiverem associadas com outros sintomas gastrintestinais que indiquem alergia alimentar, como a presença de rajas de sangue nas fezes do bebê. Ao primeiro sinal de sangue nas fezes do bebê, seu pediatra deve ser consultado imediatamente.
E lembre-se, o ideal é prolongar ao máximo o aleitamento materno porque o leite de vaca tem alto poder de causar alergia.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=170&content=detalhe
Microcefalia e vacinas, uma falsa associação
A internet e as redes sociais criaram muitos benefícios, mas há alguns aspectos negativos, como a circulação de notícias falsas e opiniões fantasiosas. Quando se trata de vacinas, isso pode gerar dúvidas, ansiedade, e até mesmo fazer com que muitas pessoas deixem de vacinar seus filhos e de se vacinar.
Não há ação médica com melhores benefícios do que as vacinações. Graças a elas, estamos livres da varíola, estamos prestes a erradicar a poliomielite do mundo, a rubéola (que pode causar lesão fetal) foi eliminada das Américas, e doenças como difteria, tétano, sarampo, meningites por hemófilo, entre várias outras, tornaram-se raras.
Com a diminuição dessas doenças, muitos pais perderam o medo delas e tendem a relaxar sobre as vacinações. Isso é um erro grave, pois sem as vacinas as doenças voltarão, exceto quando erradicadas em todo o mundo, caso atualmente só aplicável à varíola. As vacinas podem ser acompanhadas de reações ou eventos adversos, em geral de curta duração e benignos, como dor local e febre, mas a comparação com as doenças mostra que o benefício é imenso. Por outro lado, quando se vacinam milhões de pessoas, outras doenças podem acontecer após as vacinações, pois obviamente vacinas não protegem contra todas as doenças. Associação temporal não é sinônimo de associação causal.
O aumento de microcefalia observado inicialmente no Nordeste do Brasil, e depois em outros estados, deu margem à suposição no público leigo de que as vacinas aplicadas na gestação poderiam causar a microcefalia. A influenza na gravidez é mais grave, e o aumento nos últimos anos da coqueluche em recém-nascidos e crianças nos primeiros meses de vida, levaram à recomendação de vacinar contra influenza e coqueluche na gestação. O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos tem vasta bibliografia e informação sobre a aplicação das vacinas de influenza e coqueluche na gravidez, mostrando a sua importância e segurança. A Organização Mundial de Saúde também recomenda a vacina de influenza na gestação.
A contraindicação à vacina de rubéola na gestação deve-se ao fato de que é vacina viva, e assim, por medida prudencial e risco teórico, aconselha-se não usá-la na gravidez. O Brasil, em virtude de suas campanhas de vacinação em massa, é um dos países que tem mais experiência no assunto, com vários estudos publicados em revistas internacionais indexadas. A aplicação inadvertida das vacinas contendo o componente rubéola, ou de quaisquer outras, em mulheres grávidas, não acarretou consequências nocivas para o feto. À mesma conclusão chegaram a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial de Saúde.
Há várias causas de microcefalia, mas muitas evidências apontam o vírus Zika como o responsável pelo aumento de casos no Brasil. Numa série de 35 casos investigados, todos foram negativos para agentes microbianos que podem causar infecção congênita, inclusive rubéola. Em resumo, os dados científicos disponíveis não justificam a suspeita de associação entre microcefalia e vacinas e apontam para o vírus Zika como o responsável pelo surto de microcefalia.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/indice/indice.php?categoria=3&content=paginterna
Orientações aos pais sobre a saúde bucal do bebê
O que é o pré-natal odontológico?
É o atendimento odontológico durante a gestação, que contribui para a saúde da gestante e do seu bebê. O dentista irá prevenir ou tratar as doenças orais da gestante e esclarecer as dúvidas das futuras mamães, como aleitamento materno, hábitos e higiene oral.
Em que fase da gestação deve-se agendar uma consulta com o dentista?
A gestante deve agendar a visita ao dentista assim que iniciar os cuidados do pré-natal. A frequência das consultas odontológicas vai depender da necessidade de cada gestante. O atendimento odontológico é seguro em qualquer fase da gestação, desde que se sigam todos os protocolos de segurança.
Quando deve ser a primeira visita ao odontopediatra?
Na maternidade o recém-nascido deve receber o exame de toda cavidade oral pela equipe hospitalar, e logo que possível complementado pelo odontopediatra no consultório. Ao aparecer o primeiro dente de leite ou até o primeiro aniversário de vida, o bebê deve visitar preventivamente o odontopediatra; as visitas seguintes serão agendadas de acordo com a necessidade de cada bebê.
Por que a escolha de um odontopediatra e não o dentista da família?
O odontopediatra é o profissional preparado para cuidar de crianças desde cedo, com conhecimento técnico e abordagem psicológica adequada ao atendimento de bebês, crianças e adolescentes.
Qual a finalidade desta visita ao odontopediatra tão cedo?
O dentista poderá acompanhar a erupção dos dentes e o desenvolvimento das arcadas, podendo prevenir cáries, gengivites e outras doenças que afetam a boca.
O aleitamento materno é importante para a saúde oral?
Sim, amamentar estimula o desenvolvimento oral e facial, contribuindo para a evolução natural da deglutição, respiração, mastigação e fala.
Devo começar a limpar a boca antes de aparecerem os dentes de leite?
No bebê com aleitamento materno e sem a presença de dentes não é necessário fazer a limpeza, porque o leite materno protege toda a boca.
Quando deve aparecer o primeiro dente de leite na boca?
Normalmente inicia entre o sexto e oitavo mês de vida, mas alguns bebês podem adiantar ou atrasar esse processo. Alguns bebês podem já nascer com dente, ou mesmo surgir dentes nos primeiros vinte e oito dias de vida. Nestes casos, o exame e a radiografia odontológica são fundamentais para avaliar se é preciso remover o dente ou se é possível mantê-lo. Por volta dos 2 anos, a criança deve ter os vinte dentes de leite.
Quando devo começar a higiene oral do bebê?
Quando aparecer o primeiro dente de leite.
Como devo fazer a higiene oral?
A limpeza dos dentes, gengiva e língua deve ser feita com uma escova de dentes infantil com movimentos delicados e sem pressa. Atenção na hora de escolher a escova. O tamanho da cabeça da escova deve ser proporcional a boca do bebê ou da criança, e com as cerdas extramacias ou macias.
Deve-se usar pasta de dentes nos bebês? Que quantidade?
Recomenda-se usar pasta de dentes infantil fluoretada, com concentração de flúor em torno de 1.100 PPM, em pequena quantidade. Como medida de segurança, recomenda-se:
Bebês e Crianças que não sabem cuspir: quantidade igual 1 grão de arroz (escova rosa)
Crianças que sabem cuspir: quantidade igual 1 grão de ervilha (escova azul)
Caso a criança esteja escovando os dentes somente porque está vendo os pais escovarem, neste momento não deve usar a pasta.
Precisa usar o fio dental?
Somente quando os dentes forem muito juntos, criando espaços em que as cerdas da escova não conseguem alcançar.
Com que frequência devemos fazer a higiene oral dos bebês e crianças?
A higiene oral com pasta de dentes fluoretada nos bebês e crianças deve ser realizada duas vezes ao dia: após o café da manhã e antes de dormir, à noite.
A criança pode escovar os dentes sozinha?
Até os seis anos de idade recomenda-se que a higiene oral seja realizada pelo responsável. A partir desta idade, a criança pode escovar sozinha, porém sempre com a supervisão de um adulto.
FONTE:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=228&content=detalhe
Quedas e acidentes em geral
Queda é a maior causa de visita à unidade de emergência. Ocorre em qualquer idade e as lesões decorrentes podem ser extremamente graves, envolvendo membros (feridas abertas e fraturas), crânio (traumatismo crânio-encefálico) e abdômen (lesões de órgãos internos).
A maioria das quedas ocorre em casa, acomete crianças de 0 a 5 anos, e estão associadas à ausência de algum cuidador.
Com a supervisão de adultos, modificações do ambiente onde a criança vive, brinca e estuda, e informações claras em produtos de uso infantil, o risco e as lesões decorrentes de quedas podem ter uma redução significativa.
Alguns alertas de prevenção deste tipo de acidente:
Em lactentes:
1.Nunca deixe bebês sozinhos em qualquer local da casa, particularmente em camas, sofás, trocadores, beliches, mesmo que a criança ainda não tenha adquirido a capacidade de rolar.
2.Tenha certeza que colocou grades de proteção em qualquer móvel utilizado para a criança dormir.
3.Cuidado na escolha de cadeiras para oferecer a alimentação. Devem ter base alargada, trava e cinto. Sempre supervisionar a criança, mesmo que ela esteja contida na cadeira com
dispositivos de segurança.
4.No berço, observe se a altura da base é suficiente para evitar que a criança caia por cima da grade. Se o limite superior for menor que ¾ da altura da criança, o berço não pode mais ser usado. Estas orientações devem ser seguidas a partir do momento em que a criança consegue ficar em pé com apoio.
5.Nunca coloque brinquedos ou travesseiros dentro do berço. Estes objetos podem cair para fora e a criança tentando alcançá-lo, pode cair.
6.Quando a criança passar para a cama, instale grade protetora dos dois lados.
7.Nunca use andador. É muito comum a queda do andador em escadas, e as lesões decorrentes desta queda sempre são graves, com trauma de crânio e hospitalização.
Em pré-escolares e escolares:
Em casa
1.Disponha os móveis de maneira que a supervisão de seu filho possa ser constante e direta.
2.Trave portas e bloqueie o acesso às áreas perigosas da casa, como lavanderia, cozinha e área externa.
3.Remova tapetes e utilize material de borracha em banheiros.
4.Remova brinquedos e roupas do chão, que possam provocar tropeços, deslizes e quedas.
5.Instale grades protetoras em escadas e áreas de risco da casa, e oriente os familiares para sempre fechá-las após o uso.
6.Instale redes ou grades de proteção em todas as janelas dos apartamentos ou casas do tipo sobrado.
7.Mantenha os móveis afastados das janelas.
Em área externa a casa
1.Proíba atividades em áreas elevadas, como balcões, lajes e telhados.
2.Prefira triciclos a bicicletas.
3.A utilização de equipamentos de proteção como capacetes, cotoveleiras e joelheiras em atividades com bicicleta, diminui a gravidade, mas não evita as lesões decorrentes das quedas.
Estas atividades devem sempre ser supervisionadas por um adulto e realizada em áreas fechadas, sem trânsito urbano.
FONTE: http://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/quedas/
Uso do repelente de insetos em crianças e gestantes
1. Evitando os mosquitos
■ Proteção mecânica: utilize roupas com as mangas longas e calças compridas. As roupas finas não impedem as picadas, preferir tecidos de trama mais fechada e mais grossos. Evite roupas escuras (atraem mais insetos) e as roupas que ficam muito coladas ao corpo pois elas permitem a picada. O uso de perfumes pode atrair alguns insetos e deve ser evitado nas crianças. Algumas roupas já vem tratadas com substâncias repelentes (geralmente artigos esportivos como camisas para camping e pesca).
■ Instalação de telas e mosquiteiros. Eles podem ser tratados com a permetrina em spray ou alguns já estão disponíveis com a substância com ação repelente.
■ A dedetização por empresa especializada reduz a quantidade de mosquitos na casa, mas deve-se seguir todas as orientações de tempo de afastamento da casa e limpeza após a sua realização.
■ Os repelentes elétricos (com liberação de inseticidas) são úteis e diminuem a entrada dos mosquitos quando colocados próximos das janelas e portas. Deve-se tomar cuidado com os repelentes líquidos que podem ser retirados da tomada pela criança e acidentalmente ingeridos.
■ Aparelhos ultrassônicos ou que emitem luzes não possuem eficácia comprovada.
■ Realizar a limpeza do terreno da casa e, se possível, de terrenos, praças ou casas próximas, além da retirada de lixo e entulhos que possam acumular água parada que servem como local de criação de novos mosquitos.
2. Uso de repelentes:
Os repelentes tópicos podem ser usados para passeios em locais com maior número de insetos como praias, fazendas e chácaras, não devendo ser utilizado durante o sono ou por períodos prolongados. Na tabela 1 (3), constam alguns dos repelentes existentes no Brasil e suas respectivas concentrações da substância ativa. Eles atuam formando uma camada de vapor com odor que afasta os insetos. Sua eficácia pode ser alterada pela concentração da substância ativa, por substâncias eliminadas pela própria pele, fragrâncias florais, umidade, gênero (menor eficácia em mulheres), de modo que um repelente não protege de maneira igual a todas as pessoas.
■ Abaixo de 6 meses - não há estudos nessa faixa etária sobre segurança dos repelentes e extrapola-se o uso dos recomendados para bebês acima de 6 meses em caso de exposição inevitável e com orientação médica;
■ Acima dos 6 meses - IR3535 - protege por cerca de 4 horas. É usado na Europa há vários anos e, em concentrações de 20% é eficaz, mas os estudos diferem quanto ao período de ação contra o Aedes aegypti que parece ser muito curto. (Loção Antimosquito Johnson & Johnson® tem 12,5% de IR3535, também disponível em farmácias de manipulação);
■ Acima de 2 anos - os que contém DEET são os mais utilizados (veja os nomes comerciais e concentrações na tabela abaixo). Quanto maior a concentração da substância, mais longa é a duração do seu efeito, mas não devem ser usadas concentrações maiores de 30 a 50%. Uma formulação com 5% de DEET confere proteção por aproximadamente 90 minutos, com 7% de DEET a proteção dura quase 2 horas e com 20% de DEET a proteção é de 5 horas. A concentração máxima para uso em crianças varia de país para país: nos EUA a Academia Americana de Pediatria recomenda concentrações de até 30% para crianças acima de 2 anos. A Sociedade Canadense de Pediatria preconiza repelentes com até 10% de DEET para crianças de 6 meses a 12 anos e autores franceses orientam concentrações de até 30% para crianças entre 30 meses e 12 anos. Há consenso quanto a se evitar a aplicação em crianças menores de 6 meses. A maioria dos repelentes disponíveis no Brasil possuem menos de 10% de DEET;
■ Icaridina - em concentrações de 10% confere proteção por 3 a 5 horas e a 20%, de 8 a 10 horas. Deriva da pimenta e permite aplicações mais espaçadas que os repelentes à base de DEET, com eficácia comparável. Parece ser mais potente contra o Aedes Aegypti do que o DEET e o IR3535 e está liberado para uso acima de 2 anos. No Brasil, é o Exposisão.
■ Óleos naturais: são os mais antigos repelentes conhecidos e parecem ter eficácia razoável. Porém, por evaporarem muito rápido, protegem por pouco tempo. Um estudo mostrou que o óleo de soja a 2% conferiu proteção contra o Aedes por quase 1 hora e meia. O óleo de citronela por evaporar muito rápido, fornece proteção muito curta. Óleo de andiroba puro mostrou ser muito menos efetivo que o DEET. Óleo de capim-limão é o mais efetivo dos óleos naturais e seu princípio ativo já foi isolado;
*Esses produtos podem causar reações alérgicas locais e sistêmicas e devem ser usados com cautela e, preferencialmente, com a orientação do Pediatra.
**Atenção ao utilizar pulseiras de citronela, pois além da baixa eficácia(6) já foram relatados casos de alergia no local do contato com a pele.
***O uso de vitamina B1 (tiamina) por via oral como repelente parece ser benéfico em alguns casos, porém com poucos estudos disponíveis demonstrando a sua real eficácia. Acredita-se que ao ingerir a tiamina ela seja liberada pelo suor e o seu odor não seja tolerado pelos insetos. A dose recomendada é de 100 a 150mg/dia via oral diariamente, iniciando alguns dias antes da exposição ou mantendo a administração nos meses de verão (7-8). Pode ser formulada na forma de xarope ou encontrada com o nome comercial de Benerva® 300mg (meio comprimido para crianças) uma vez ao dia.
Fonte:http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=232&content=detalhe